Anprotec acredita no potencial do ambiente de negócios na região, especialmente para empresas das incubadoras que utilizam a biodiversidade de forma sustentável
São Paulo, fevereiro de 2011 – Nos últimos anos, os índices da Região Norte vêm ganhando destaque por um cenário promissor: o crescimento do número de pequenas indústrias e marcas inovadoras, trazidas ao mercado com o auxílio de incubadoras de empresas. "O ambiente de negócios na região é promissor", afirma Gisa Bassalo, dirigente da Anprotec, Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, e gestora da incubadora PIEBT, localizada no campus da Universidade Federal do Pará, em Belém. Estima-se que em 2010 o Norte tenha apresentado um c rescimento econômico na casa dos dois dígitos, acima da média nacional, e, ao que tudo indica, deve manter o ritmo acelerado até 2014, com uma média de 6,8% ao ano, conforme indicam os especialistas.
O clima saudável da economia, porém, não é suficiente para criar novos empreendimentos. Dados do Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, indicam que, de 2003 a 2007, a taxa de mortalidade das empresas variou entre 21% e 58%. "As causas do insucesso são muitas, e vão desde a falta de planejamento administrativo e capital reduzido, até desconhecimento do mercado. É nesse hiato que agem as incubadoras de empresas, dando apoio aos empreendimentos inovadores", explica Bassalo.
Incubadoras no Norte do país
Entre os empreendimentos incubados, grande parte utiliza a biodiversidade da floresta amazônica como matéria-prima, com destaque para as áreas de farmacologia e química de produtos naturais. Entre essas empresas está a Chamma da Amazônia, produtora de cosméticos, e a Ervativa, que elabora e produz extratos vegetais para a indústria de alimentos e produtos de beleza.
Há 50 anos no mercado, a Chamma da Amazônia começou a se profissionalizar somente em 1996, quando foi incubada pelo PIEBT. "Lá nós fizemos pesquisas e construímos uma rede de relacionamentos que nos deu mais credibilidade no mercado", afirma Fátima Chamma, filha do fundador da empresa, que hoje é uma rede de franquias com lojas em diversas cidades do país. A história da Ervativa também é marcada pela incubadora. "Estar no PIEBT permitiu o erro, aprendizado e manutenção do negócio", afirma Joaquim Baymam, fundador da empresa.
Hoje, há mais de 30 incubadoras atuem na região Norte. Entre 2007 e 2010, 13 delas geraram 631 empregos diretos e indiretos, numa cadeia produtiva que envolve desde o pequeno produtor independente até grandes empresas. Os dados são da RAMI, Rede Amazônica de Instituições em Prol do Empreendedorismo e da Inovação, que reúne incubadoras, parques e pólos tecnológicos da região. "Esses números não deixam dúvida de que as incubadoras contribuem consideravelmente para o desenvolvimento local", afirma Márcia Macedo, secretária executiva da RAMI.
Sobre a Anprotec
Criada em outubro de 1987, a Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), com sede em Brasília (DF), é a única organização brasileira representativa das entidades gestoras de incubadoras de empresas, pólos, parques tecnológicos e tecnópoles. Tem como missão representar e defender os interesses destas instituições para promover o desenvolvimento socioeconômico do País por meio da criação e fortalecimento de empresas que possuem como base o conhecimento e a inovação.
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