Soluções de estudantes do Instituto Mauá de Tecnologia unem tecnologia, sustentabilidade e propósito em soluções que promovem economia circular e geração de renda
São Paulo, outubro de 2025 – Movidos pelo compromisso com a sustentabilidade e o impacto social, estudantes do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) estão desenvolvendo projetos que transformam resíduos em oportunidades de inovação e economia circular. Com soluções que vão de alimentos produzidos a partir de sobras da castanha de caju a cápsulas de café biodegradáveis e estruturas recicláveis para contenção de encostas, os futuros engenheiros, designers e administradores mostram como a integração entre ciência, gestão e propósito pode gerar benefícios reais para o meio ambiente e para a sociedade.
Projeto com a ONG Amigos do Bem
O projeto colaborativo reúne estudantes de Engenharia de Produção, Engenharia de Alimentos e Administração, que desenvolveram um modelo de fábrica sustentável e de economia circular para transformar o resíduo da castanha de caju — antes descartado — em um novo alimento nutritivo e rentável.
Os alunos do curso de Engenharia de Alimentos criaram um análogo ao cream cheese, feito a partir dos resíduos da castanha, sem glúten e sem lactose, garantindo segurança microbiológica e alta durabilidade sem conservantes.

Os estudantes de Engenharia de Produção redesenharam o layout fabril das unidades da ONG em Pernambuco para viabilizar a nova linha de produção, enquanto os estudantes do curso de Administração estruturaram o plano de negócios, o estudo de mercado e as projeções financeiras para escalar o produto e ampliar a geração de renda local. O resultado é um projeto que alia ciência, gestão e impacto social, fortalecendo comunidades e reduzindo desperdícios.
Cápsulas de café biodegradáveis
Desenvolvido por alunos de Design, o sistema elimina o uso de plástico e alumínio. Dessa forma, a cápsula é feita de café compactado e envolta por películas celulósicas, armazenada em uma embalagem reutilizável que adota o modelo de refil. A proposta combina versatilidade, economia e redução de resíduos, sendo compatível com máquinas de diferentes marcas e promovendo o consumo consciente.

Geocélulas produzidas com garrafas recicladas
No campo da Engenharia Civil, o projeto propõe uma alternativa sustentável para contenção de encostas e reforço de taludes. As células tridimensionais, fabricadas a partir de PET reaproveitado, oferecem uma solução técnica acessível, ecológica e eficiente para áreas de risco de deslizamento, contribuindo para a redução do descarte plástico e para a segurança habitacional de comunidades vulneráveis.

Essas e outras soluções foram apresentadas na Eureka 2025, exposição anual dos Trabalhos de Conclusão de Curso dos formandos de Engenharia, Administração, Design, Ciência da Computação e Sistemas de Informação. A mostra reuniu mais de 120 projetos inovadores, todos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, e é gratuita e aberta ao público.
“Os projetos mostram como a sustentabilidade pode ser construída de forma prática, colaborativa e tecnicamente robusta. A Mauá prepara profissionais que pensam em soluções completas, de matéria prima ao impacto social, e que entendem a inovação como instrumento de regeneração e inclusão. A Eureka reforça o papel do IMT como referência em educação empreendedora e sustentável, formando engenheiros administradores e designers preparados para liderar a transição para uma economia de baixo carbono e alto impacto humano”, destaca a professora Alessandra Dutra Coelho, coordenadora da Eureka.