Diferentes perfis de empreendedores e uma única vontade: inovar - Trama
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Diferentes perfis de empreendedores e uma única vontade: inovar

 Por Sergio Risola*

Especialistas em empreendedorismo, como a organização internacional Endeavor, costumam classificar em cinco tipos os perfis de quem se aventura a abrir uma empresa. Já nós, das incubadoras, dizemos que boas ideias, quando bem orientadas, podem virar planos de negócio de sucesso. Existem, no entanto, pessoas com uma personalidade mais direcionada do que outras para empreender. Dos empreendedores natos aos herdeiros, passando pelos situacionistas e pelos idealistas, é possível analisar cada um desses indivíduos, indicando seus pontos positivos e negativos, principalmente, quando se trata de inovar com a ajuda de uma incubadora.

O empreendedor nato, por exemplo, tem alguma dificuldade de concentração em um negócio apenas ou, ainda, na melhor rota.  Como ele tem o empreendedorismo cravado no seu DNA, tem facilidade de dispersão. Esse empreendedor vê oportunidades em todos os atalhos e tem dificuldade em manter-se no caminho principal do seu plano de negócios.  Toda inovação quase sempre tem mais de um caminho para ser atingida, e mesmo que o empreendedor deixe a rota principal, deve ter competência e aceitar orientação para retornar ao primeiro caminho, se o atalho perseguido apresentar problemas.

Há também aqueles que querem fazer tudo "do meu jeito".  É o empreendedor com comportamento mais difícil de trabalhar. Tudo deve ser feito a sua maneira e, embora seja uma característica forte e excelente para algumas rotas da gestão, tem altas doses de engano. Quando ocorre a mistura com a academia, dificilmente o trabalho é feito do "jeito" do empreendedor. Há dificuldades em encontrar, dentro dos centros tecnológicos, cientistas e/ou professores que pensem igual ao empreendedor. Para projetos disruptivos, ou seja, rompem o seguimento normal de um processo, esse perfil se adéqua bem. No entanto, como quase 100% das rotas são negócios incrementais (que crescem gradualmente, em etapas regulares), é difícil de acertar.

O empreendedor situacionista é o tipo que denominamos de empreendedor bonsai, como aquele pequeno arbusto que nasceu ou foi criado há milênios e desenvolvido com técnicas artesanais, mas sempre representa uma grande árvore existente na natureza. O bonsai  é uma bela planta, entretanto, é limitado. O situacionista, pela característica de menor confiança, dá o passo devagar demais para os tempos atuais, que exigem rapidez. Esse é exatamente o mais encontrado pelo nosso país, e isso também confere e confirma a dificuldade que os gestores de habitats de inovação têm para encontrar empreendedores baobás, sequoias ou ciprestes.  

É muito difícil encontrar um empreendedor herdeiro com qualidades mínimas para tocar um negócio com sucesso. Um aspecto desse perfil é conhecimento, que é predominante. O empreendedor herdeiro aproveitou as oportunidades e estudou nos melhores lugares do país e do mundo. Tem bagagem extra, que colocada no desenvolvimento de um negócio, permitirá o aprendizado em outras áreas. Quando encontramos esse empreendedor herdeiro, temos que rapidamente perceber se ele gosta mesmo do trabalho e se ele está decidido a deixar a mordomia para agarrar os desafios de um negócio inovador. Quando esse empreendedor herdeiro engrena, seguirá mais rápido que os outros pelo networking estabelecido pela trajetória da bem sucedida família.

Já o empreendedor idealista é, sem dúvida, o  melhor perfil para apoiarmos via incubação no Cietec.  A sacada de mudar o mundo com seu modelo de negócio inovador é absolutamente necessária para o empreendedor que precisa diferenciar-se do outro, que é "normal". Sabemos que esse é o tipo de empreendedor que vai ter absoluto sucesso no seu negócio, já que trabalha por sonho e por ideal.

A busca do primeiro milhão de reais (ou dólares) também pode ser considerada uma qualidade importante para os empreendedores, embora ela deva estar inserida num rol de outras qualidades necessárias.  Quando o empreendedor coloca o dinheiro como destaque na sua rota, terá problemas no seu percurso face à preocupação demasiada com o dinheiro e terá uma dificuldade adicional para remunerar ou premiar seus colaboradores por metas atingidas, ou mesmo pagar bons salários para a equipe.  Outro ponto delicado para o perseguidor do milhão é a supervalorização que ele confere a sua empresa, muitas vezes inviabilizando outros investimentos privados, que certamente serão necessários para a melhor escalabilidade do negócio.

Considerando tanto cada um dos perfis de forma individual, quanto em conjunto, o empreendedor precisa ter um plano de negócios claro e viável. Um centro de inovação como o Cietec tem como missão auxiliar as empresas incubadas no amadurecimento de seus produtos, serviços e processos de gestão, com vistas a uma entrada sólida no mercado. O grande resultado é o favorecimento do empreendedorismo brasileiro de base tecnológica, colocando a serviço da sociedade e do mercado nacional soluções inovadoras voltadas à resolução de problemas e atendimento às necessidades das mais diversas áreas. 

* Sergio Risola é diretor-executivo do Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), entidade gestora da Incubadora de Base Tecnológica IPEN/USP.

Sobre o Cietec
O Cietec, Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia, inaugurado em abril de 1998, tem como missão incentivar o empreendedorismo e a inovação tecnológica, apoiando a criação, fortalecimento e a consolidação de empresas e empreendimentos inovadores de base tecnológica. Em suas unidades de negócio, São Paulo e Mogi das Cruzes, são conduzidos processos de incubação de empresas inovadoras, em diferentes níveis de maturidade. Nesses processos o Cietec oferece serviços de apoio para demandas nas áreas de gestão tecnológica, empresarial e mercadológica, além de infraestrutura física para a instalação e operação dessas empresas. O Cietec possibilita a ampliação d o índice de sobrevivência e competitividade das micro e pequenas empresas, oferecendo a excelência de sua infra-estrutura, a capacitação do seu recurso humano e a comercialização e busca por inve stimento, como o investimento-anjo, capital semente e venture capital (capital de risco).

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