Formado por organizações que participam do Bloco Brasil da RedEAmérica, o Fundo Comunidade em Rede foi criado com o objetivo de fomentar parcerias e redes locais para a realização de projetos coletivos em comunidades específicas onde os seus membros atuam. O Instituto Arcor Brasil é o gestor financeiro do Fundo Comunidade em Rede, que tem apoio da RedEAmérica e a Fundação Interamericana, dos Estados Unidos.
Onze projetos apoiados – São onze projetos comunitários apoiados pelos institutos e organizações empresariais. Em São Paulo são desenvolvidos os projetos "Teia: Ações Comunitárias Articuladas" e "Fala Comunidade", em Bragança Paulista, ambos com cinco organizações parceiras cada, e "Maré Alta", em Ubatuba, com seis organizações parceiras e apoio do Instituto Arcor Brasil.
O outro projeto em território paulista, apoiado pelo Fundo Comunidade em Rede, é o "Conquistar Espaços", em Jacareí, com suporte do Instituto Camargo Corrêa e sete organizações parceiras.
Outros quatro projetos são implementados em Minas Gerais. O projeto "Apicultura em rede no Vale", que tem a Fundação Aperam Acesita como signatária junto ao Fundo Comunidade em Rede, é desenvolvido nos municípios de Veredinha e Itamarandiba, com duas parceiras. A mesma Fundação Aperam Acesita é signatária do projeto "Um Novo Tempo", desenvolvido em Timóteo, com 12 parceiras.
Ainda em Minas Gerais, o projeto "Rede Comunitária de Aprendizagem (Recoa)", tendo o Instituto Holcim como signatário, é desenvolvido em Pedro Leopoldo, com 12 parceiras. E no mesmo estado, o Projeto "Três Marias em rede: capacitação e cidadania em foco" tem o Instituto Votorantim como signatário e 13 organizações parceiras, no município de Três Marias.
Na Bahia, o projeto "Ponte Saberes e Fazeres", também com o apoio do Instituto Votorantim, é implementado nos municípios de Cachoeira e São Félix, com 13 parceiras. Dois projetos serão desenvolvidos em Vila Velha, no Espírito Santo, ambos tendo a Fundação Otacílio Coser como signatária junto ao Fundo Comunidade em Rede. Os dois projetos, "Práticas de cidadania: faça a diferença" e "Transformando e compartilhando saberes", localizados em comunidades diferentes, têm cinco organizações parceiras cada.
Etapas de implementação – O Fundo Comunidade em Rede vem atuando desde 2013. No caso de cada projeto apoiado, foram observadas cinco etapas. A primeira etapa foi a de alinhamento e planejamento geral da proposta entre os signatários.
Já a segunda etapa foi a de mapeamento e mobilização de organizações e redes em cada um dos municípios. A terceira etapa foi a de elaboração do projeto coletivo em cada um dos municípios, contando com capacitação das organizações e redes mobilizadas. Foram realizados 49 encontros de formação para as organizações/ redes locais.
A quarta etapa foi a de implementação do projeto coletivo em cada um dos municípios, contando com financiamento e acompanhamento pelas organizações signatárias. Ao longo de dois anos, que serão encerrados em 2016, os projetos contam com o apoio financeiro e acompanhamento técnico dos signatários, contando com espaços presenciais e virtuais de reflexão e troca de experiências entre os grupos. Esta etapa também será sistematizada.
A quinta e última etapa é a do desenvolvimento de ações de aprendizagem, registro e sistematização da experiência, entre as organizações signatárias. De forma transversal ao projeto, foi previsto um processo de registro e sistematização da experiência e uma etapa final de disseminação das aprendizagens.
Aprendizados – Muitos aprendizados já foram identificados pelos institutos e fundações empresariais participantes do Fundo Comunidade em Rede. Um dos aprendizados, assinalam as organizações do Bloco Brasil da RedEAmérica, é o de que o investimento social privado deve ser focado "no fortalecimento das organizações antes e durante o co-financiamento e acompanhamento dos projetos, de modo que este apoio a um projeto efetivamente fortaleça a organização de base e seus vínculos/alianças locais".
E um aprendizado fundamental, destacam os membros do Bloco Brasil da RedEAmérica: a necessidade de compreensão da organização de base parceira, e também de sua capacidade de atuação de maneira mais ampliada, para além do projeto. O desenvolvimento de base pressupõe uma metodologia em construção, e o Fundo Comunidade em Rede deu grandes passos nessa trajetória.
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