Primeira geração totalmente digital começa a ingressar no mercado e será guiada por líderes da geração anterior, trazendo uma nova dinâmica para as empresas

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De acordo com a legislação brasileira, os nascidos a partir de 2010 já podem atuar como aprendizes em jornadas de até seis horas diárias. Ou seja, desde 2024, a Geração Alpha pode ingressar no mercado de trabalho. Além de suas características únicas, o grande diferencial do ingresso desse grupo é do que ele será liderado pela Geração Z, trazendo uma perspectiva única ao ambiente corporativo.
Muito se discutiu sobre a capacidade da Geração Z para assumir cargos de liderança, com questionamentos sobre seu interesse e preparo para esse papel. No entanto, segundo uma pesquisa do Instituto da Oportunidade Social (IOS), 64% dos jovens da Geração Z planejam garantir cargos de liderança, e 71% pretendem conduzir equipes inspirados em um modelo de chefe mais próximo e acessível, que conversa sobre temas além do trabalho.
Para Daniel Campos Neto, CEO da EDC Group, essa maturidade da Geração Z é um fator determinante para a integração entre as novas gerações no mercado. “A Geração Z traz uma abordagem inovadora à liderança, priorizando a autenticidade e a colaboração. Isso cria um ambiente propício para a integração da Geração Alpha, que já chega com expectativas alinhadas a essas novas práticas”, destaca.
As características da Geração Alpha e seu impacto nas empresas
De acordo com um estudo da McCrindle Research, empresa de pesquisa social, a Geração Alpha não precisa das mesmas estruturas de autoridade, hierarquias, ou abordagens tradicionais de poder, porque estamos em tempos de colaboração. Sendo a geração mais digitalmente experiente, as competências interpessoais se tornarão mais importantes para eles.
“A Geração Alpha cresceu em um mundo totalmente digitalizado, onde o aprendizado ocorre de forma intuitiva e acelerada. Esses jovens são altamente conectados, têm grande familiaridade com tecnologias proeminentes e estão acostumados a resolver problemas rapidamente com o auxílio delas”, explica Daniel.
Isso pode representar uma oportunidade para as empresas, mas não é uma única exigência dos Alphas.“O desafio para as organizações será manter o interesse desses jovens e oferecer um ambiente que favoreça seu desenvolvimento, sem cair em modelos ultrapassados”, explica Daniel. “A Geração Alpha tende a ser ainda mais exigente do que a Geração Z, buscando maior autonomia e feedback constante”, completa o CEO.
Geração Z: o papel de liderar um novo mercado
Se, por um lado, a Geração Alpha chega ao mercado com alta capacidade de adaptação e rapidez no aprendizado, por outro, a Geração Z é frequentemente associada a uma visão mais flexível sobre trabalho, priorizando qualidade de vida e bem-estar.
De acordo com um levantamento realizado pela empresa de soluções de benefícios Caju, em parceria com a Consumoteca, companhia de estudos sobre comportamento humano, para 84% dos respondentes da Geração Z, a estabilidade financeira é a maior preocupação, mas 56% deles pediriam demissão se o trabalho interferisse na vida pessoal.
Isso pode impactar a forma como esses profissionais vão liderar a nova geração, criando um ambiente corporativo menos hierárquico e mais colaborativo. “A liderança da Geração Z será marcada por uma abordagem menos tradicional, mais aberta às necessidades individuais e tecnológicas”, afirma o CEO. “Isso pode ser positivo, pois favorece um modelo de trabalho mais humanizado, mas também exige das empresas um novo olhar sobre gestão e produtividade”, acrescenta.
Live debate desafios e oportunidades da nova dinâmica corporativa
Para discutir essas mudanças e entender melhor os desafios e oportunidades que envolvem a chegada da Geração Alpha ao mercado de trabalho, a EDC promoverá uma live no dia 06 de março, às 19h30, pelo Google Meet. O evento contará com a participação do CEO Daniel Campos Neto, da gerente de RH, Bruna Paleari, e de representantes da Geração Z para compartilhar suas visões sobre essa nova dinâmica no mundo corporativo.
“Essa conversa será essencial para que empresas e profissionais possam compreender o que esperar desse novo momento e como se preparar para ele. Mais do que isso, também será um bate-papo honesto entre instituição e geração para ambos os lados falarem seus desejos e entenderem o lado do outro”, explica Daniel.
Interessados em participar podem se inscrever por meio do link. As vagas são limitadas.