Sistemas como VRF, split inverter e automação inteligente estão entre as soluções que podem ser implementadas sem grandes intervenções estruturais

São Paulo, junho de 2025 – Segundo dados da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), equipamentos modernos de climatização podem reduzir em até 40% o consumo de energia elétrica em comparação aos sistemas antigos. Entretanto, prédios comerciais velhos, frequentemente localizados em grandes centros urbanos ou regiões históricas, convivem com o desafio constante de atualizar sua infraestrutura. Por isso, sistemas de ar-condicionado com a tecnologia, associados a controle central inteligente, são os mais indicados para garantir eficiência com o máximo de conforto para o usuário.
A crescente demanda por ambientes mais confortáveis, sustentáveis e eficientes tem levado administradores a buscar soluções que conciliem desempenho e adaptação às limitações do imóvel. Diante desse cenário, a Midea Carrier, maior fabricante de equipamentos de climatização da América Latina, tem atuado como parceira estratégica de retrofit em projetos de modernização térmica de espaços comerciais.
“É comum nos depararmos com sistemas em operação precária, locais com pé-direito baixo, pouca ventilação ou mesmo ausência de infraestrutura adequada para suportar equipamentos modernos. Nesses casos, o conhecimento técnico aliado a um portfólio versátil é fundamental para desenvolver alternativas viáveis”, afirma Rafael Mugrabi, gerente comercial da Midea Carrier.
Modernizando os sistemas de climatização
A modernização começa com um diagnóstico técnico detalhado do espaço. A partir da análise estrutural, térmica e elétrica do imóvel, são definidos os sistemas que melhor se adaptam às limitações do projeto, especialmente quando não é possível abrir grandes vãos, reforçar lajes ou fazer alterações significativas na fachada.
Uma das tecnologias mais aplicadas nesses contextos é o sistema VRF (Fluxo de Gás Refrigerante Variável), que permite a conexão de várias unidades evaporadoras (unidades internas) a uma única condensadora (unidades externas). Isso possibilita a climatização de diferentes ambientes de forma simultânea e personalizada, respeitando a estrutura original.
“Em sistemas como o VRF, unidades externas com descarga de ar frontal facilitam a instalação em locais com altura reduzida e pouco espaço para exaustão, algo comum em prédios antigos”, explica Mugrabi. “O segredo está na flexibilidade da solução, que permite modernizar sem comprometer a integridade do edifício, ao mesmo tempo em que garante um alto nível de conforto térmico e eficiência energética”, destaca o executivo.
Outro aspecto relevante é a infraestrutura elétrica. Em muitos casos, o fornecimento de energia precisa ser reavaliado e eventualmente reforçado. Os equipamentos atuais, no entanto, são mais eficientes e exigem menor potência instalada, o que pode aliviar a carga elétrica total do edifício.
Também é preciso considerar o gerenciamento térmico automatizado, com interfaces touch e programação inteligente, que permite a operação coordenada e remota de diversos ambientes, reduzindo picos de consumo e possibilitando manutenção preditiva.
Outras soluções também podem ser adotadas, dependendo das características e do porte do projeto:
- Sistemas split inverter (hi-wall, piso-teto): ideais para ambientes menores, com menor fluxo de pessoas, onde não se deseja grandes intervenções estruturais. Têm baixo consumo e são mais acessíveis.
- Mini VRF ou multi-split: indicado para imóveis de médio porte, oferece uma alternativa ao VRF tradicional com menor investimento inicial e boa flexibilidade de controle.
- Sistemas Splitão Inverter: podem ser utilizados em edificações com lajes técnicas ou áreas externas apropriadas. São compactos e de fácil instalação, embora mais comuns em edifícios industriais ou comerciais maiores.
“Embora cada projeto precise ser analisado individualmente, cada vez mais, as empresas percebem que climatizar bem um espaço vai além de conforto: é também valorização do imóvel, economia, sustentabilidade e responsabilidade com o ambiente urbano em que estão inseridas, além de tratar o ar que impacta na saúde dos usuários”, conclui Mugrabi.
Ficando mais próximos dos arquitetos e projetistas
Um exemplo da aplicação desse tipo de solução foi a climatização da Casa Dexco, flagship store da Dexco inaugurada no Conjunto Nacional, em São Paulo, um edifício tombado pelo patrimônio histórico. A Midea Carrier foi responsável por climatizar o espaço sem comprometer sua estrutura original.
Para atender às exigências do projeto, foi utilizado o VRF V8 Side Discharge, capaz de operar em locais com pé-direito baixo e sem exaustão vertical. Foram instaladas evaporadoras de diferentes modelos (cassete, piso-teto e dutos), todas conectadas à mesma unidade externa, garantindo modularidade e eficiência.
“Modernizar vai além da simples substituição de equipamentos; é pensar em todo o ecossistema do ambiente, respeitando suas características e aproveitando o que a tecnologia tem de melhor para oferecer. Nossa missão é tornar a climatização um pilar de conforto e eficiência, mesmo nos projetos mais desafiadores”, conclui o executivo.