São Paulo, 31 de maio 2007 – No próximo dia 05 de junho, terça-feira, comemora-se o Dia Internacional do Meio Ambiente. Apesar dos esforços empenhados por todas as esferas governamentais, o Brasil ainda encontra-se distante de um modelo ideal de desenvolvimento auto-sustentável.
A lei nº 9795, de 27 de abril de 1999, regulamenta a Política Nacional de Educação Ambiental, que é a base para qualquer nação quanto à implantação de ações que vão ao encontro daquilo que ambientalistas e nações ecologicamente corretas do mundo todo apregoam: o crescimento sócio-econômico focado na preservação e renovação dos recursos que dispomos.
Para Heloisa Hollnagel, coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade Ambiental da Universidade Ibirapuera, cabe aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) utilizar os fundamentos desta política nos programas de conservação, recuperação e melhoria do ecossistema.
“Existe, portanto, a necessidade de capacitação de recursos humanos para atender a demanda de diversos segmentos da sociedade. Apesar da mídia ter conseguido a sensibilização de uma parte da população, ainda não ocorre a ampla participação das escolas, universidades e de organizações de terceiro setor na formulação e execução de programas em educação ambiental, como prevê o artigo 13 desta lei”, destaca Hollnagel.
Para a ambientalista, além destas questões, deve existir um compromisso globalizado com o desenvolvimento de tecnologias para diminuir o impacto ambiental, sem comprometer o bem-estar social e o desenvolvimento. Ela destaca uma evolução da mentalidade por parte do próprio empresariado que, por intermédio de algumas certificações ambientais, perceberam a importância de agregar este valor ao conceito de seus empreendimentos.
“As empresa iniciaram com o ISO 14000, sendo que atualmente várias outras certificações, como por exemplo, o “Selo Verde” e o “Selo FSC” (Conselho de Manejo Florestal), têm sido consideradas verdadeiras estratégias de marketing e utilizadas como vantagens competitivas diante deste novo paradigma. O que se espera é que os consumidores, cada vez mais conscientes, comecem a dar preferência aos produtos ecologicamente corretos. Dentro desta premissa, o empresário do futuro deverá conciliar o lucro com o sustento de comunidades e do meio ambiente”, avalia Heloisa Hollnagel.
Sobre Heloísa Candia Hollnagel
Heloísa Candia Hollnagel é coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade Ambiental da Universidade Ibirapuera, onde também ministra aulas nas disciplinas de Biologia Molecular e Genética Humana e Médica.
É uma das maiores especialistas na área de educação ambiental e integra atualmente um grupo de pesquisa, mantido pela instituição, cujo objetivo é o desenvolvimento de estudos científicos sobre as correlações entre meio ambiente e saúde da população.
Heloisa Hollnagel é mestre e doutora pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), onde atuou como pesquisadora. Sua tese de doutorado concentrou-se na área de bioquímica de algas. Durante este período, também foi convidada a integrar projetos de estudo subsidiados por laboratórios alemães da Universidade de Düsseldorf e da Universidade de Göttingen.
Assuntos sobre os quais pode discorrer:
- educação ambiental nas escolas
- políticas de desenvolvimento auto-sustentável
- modelos de gestão ambiental
- biologia molecular
- biologia marinha
- saúde e meio ambiente
- genética humana
Sobre a Universidade Ibirapuera
Fundada em 1969, a Universidade Ibirapuera tem como principal diferencial a qualificação de seu corpo docente, composto por 66% de Mestres e Doutores. Com 37 anos de história, a Instituição iniciou suas atividades através da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Atualmente, reúne cerca de 12 mil estudantes, concentrados em 23 cursos de graduação, como Direito, Odontologia, Administração, Educação Física e Psicologia, além de 18 cursos de graduação tecnológica, cursos de extensão e programas de pós-graduação stricto e lato sensu, reconhecidos pelo Capes, com destaque para o Mestrado em Bioodontologia.
Pautada pelos princípios da responsabilidade social, a Universidade se insere no cotidiano das comunidades onde estão localizados seus dois campi (Moema e Chácara Flora), desenvolvendo projetos sociais que também servem de campos de pesquisa e extensão para seus alunos. Por esses programas foram atendidos, somente no ano de 2006, cerca de 29 mil pessoas.